Thursday, April 06, 2006

 

Células estaminais - utilização, by Carina

Aplicações das células estaminais
As células estaminais são utilizadas mais como fins terapêuticos, isto é, a partir de uma célula poder regenerar outra de modo a poder curar certas doenças.
Os estudos sobre as células estaminais andam a progredir e evoluir significativamente havendo cada vez mais descobertas acerca da sua utilização.
Uma das aplicações terapêuticas é a utilização do sangue do cordão umbilical que permite fazer uma terapia celular em determinadas doenças como células próprias, sem haver necessidade de o dador se submeter a listas de espera para a doação de tecidos compatíveis ou sem ter de arriscar terapias com tecidos não compatíveis.

Fig.1

Algumas doenças já foram tratadas com implantes de células estaminais do sangue do cordão umbilical, tais que:

Outra aplicação seria a utilização de células da medula óssea onde se formam células hemáticas para poder curar certas doenças como a doença de Parkinson, Alzheimer e muitas outras que ainda não têm curar.

Apreciação critica:
Nos nossos tempos, tudo é possível acreditar! Até mesmo curar doenças a partir de células estaminais. para isso é preciso também acreditar no grande avanço cientifico e tecnológico que nos poderá levar à cura de muitas doenças.
Na minha opinião estas células podem ser a chave para abrir a porta do futuro, isto é, a cura de doenças que até hoje não foram diagnosticadas e às quais não se encontrou ainda nenhum tratamento.
Mas, para isso não podemos ficar de braços cruzados, temos que ajudar a ciência a evoluir.
Quem sabe, poderemos vir a ser os próximos a precisar das células estaminais!
O mal não acontece só aos outros!!!


 

Células estaminais - utilização, by Fátima

Equipa britânica quer criar embriões híbridos
Uma equipa de cientistas britânica pediu autorização para criar embriões híbridos, transferindo informação genética de pacientes com doenças neurológicas para ovócitos de coelho, com o objectivo de obter células estaminais (figura1) que permitam estudar aquelas doenças. O pedido foi entregue à Autoridade para a Fertilização e Embriologia Humana (AFEH), numa altura em que o Governo de Tony Blair revê as leis que regulamentam estas experiências.
As células estaminais embrionárias são células indiferenciadas, que podem originar células de qualquer tecido. Por esta razão, são apontadas como instrumentos potenciais na terapia de doenças degenerativas – doenças em que se regista mau funcionamento e/ ou morte selectiva de um tipo de células.
Na doença de Parkinson, por exemplo, são os neurónios da região do cérebro onde se produz dopamina que degeneram. A dopamina é um mensageiro químico que transmite informação do cérebro para os centros reguladores de movimento: diminuída a quantidade de dopamina, por degeneração de neurónios, impossibilita-se a transmissão de informação.
Embora exista propensão genética para estas doenças, isto é, embora seja mais provável a doença surgir num indivíduo com antecedentes familiares, as mutações que predispõem para degeneração celular não são conhecidas.
Liderada por Chris Shaw, do Kings College de Londres e Ian Wilmut, que clonou a Dolly, da Universidade de Edimburgo, a equipa pretende caracterizar os mecanismos celulares na origem destas doenças. Para isso, precisam de modelos genéticos adequados: utilizando os embriões para clonar células estaminais (figura2) dos pacientes, poderia estudar como a informação genética é integrada celularmente para saber o que corre mal.
Os cientistas defendem que esta experiência permitiria obter clones estaminais em dois anos, preferível a esperar que se estabeleça o protocolo com ovócitos humanos, estimado para daqui a dez anos. Salientam ainda que um embrião híbrido não é viável além das 200 células, nem seria útil em implantes, porque seria rejeitado.










(Figura 1Células estaminais) (Figura2 Células estaminais)

Assim conclui-se que a utilização das células estaminais é muito polémica levantando questões de natureza ética e moral. Relativamente a este tema, estou de acordo com a utilização de células estaminais na prevenção e tratamento de certas doenças considero que é necessário desenvolver novos projectos de investigação nesta área bem como dar continuidade aos que se estão a desenvolver actualmente.

 

Células estaminais provenientes de adultos, by Manuela

Células Estaminais não embrionárias adultos
As Células estaminais estão presentes em todo o nosso corpo, com a enorme capacidade de se auto-renovar e dividir indefinidamente, e podendo “transformarem-se em diversos tipos celulares através do processo de diferenciação. São elas que, durante o desenvolvimento embrionário, dão origem aos vários tipos de células do corpo, desde as células do musculo cardíaco ás células nervosas; e que mais tarde, no individuo adulto, reparam tecidos danificados e substituem as células que vão morrendo.
Face á descoberta destas características, os investigadores começaram a estudar a possibilidade de as utilizar no tratamento de doenças cuja origem estivesse relacionada com a degeneração irreversível de células e tecidos.
As células estaminais podem ser isoladas a partir de diversos tecidos, em diferentes fases do desenvolvimento do indivíduo:
-Células estaminais; encontram-se na medula óssea, na pele ou no intestino. Nestes órgãos, o elevado grau de perda celular requer uma substituição constante das suas células, assegurada pela presença das células estaminais (reparam tecidos danificados e substituem as células que vão morrendo). Á semelhança das células estaminais neonatais também têm a capacidade de se especializar unicamente em células do mesmo tipo de órgãos de onde derivam. Também já foram testadas, e com sucesso, em doentes.




Fig.1: Células Estaminais





Quanto a minha opinião: Penso que as células estaminais estão a revolucionar a medicina, prevendo-se que, num futuro próximo possam vir a tratar muitas doenças até hoje incuráveis, por outro lado podemos verificar a evolução de novos métodos ajudando assim em grandes avanços tecnológicos.


 

Células estaminais provenientes de adultos, by Carla

Medula Óssea
A medula óssea, popularmente conhecida como "tutano", é um tecido gelatinoso que preenche a cavidade interna de vários ossos e fabrica os elementos figurados do sangue periférico como: hemácias, leucócitos e plaquetas.
A medula óssea é, pois, um órgão hematopoiético. Ela é constituída pelas linhagens que originam os três elementos citados acima, de células que tomam parte na fabricação do osso (osteoblastos e osteoclastos), de células e fibras que compõem uma malha para sustentar todas as células referidas (fibras e células reticulares).É no interior dos ossos, na Medula Óssea, onde estão as células progenitoras das células sanguíneas. Ali também têm origem as alterações que vão ser responsáveis por inúmeras doenças.
A medula óssea é constituída por um tecido esponjoso mole localizado no interior dos ossos longos. É nela que o organismo produz praticamente todas as células do sangue: glóbulos vermelhos (Eritrócitos), glóbulos brancos (Leucócitos) e plaquetas (Trombócitos). Estes componentes do sangue são renovados continuamente e a medula óssea é quem se encarrega desta renovação. Trata-se portanto de um tecido de grande actividade evidenciada pelo grande número de multiplicações celulares.


Medula óssea
Comentário:
Ao fim de ter realizado este trabalho posso dizer que o achei muito interessante, já que desconhecia a utilidade da medula óssea em células estaminais não embrionárias adultas.
A medula óssea é útil para a cura de várias doenças como para a cura de diabetes de cegueira e algumas doenças relativas com os ossos. Foi muito interessante e assim aprendi mais alguma coisa sobre esta matéria, ou seja, enriqueci os meus conhecimentos.

 

Células estaminais provenientes de adultos, by Sara

MEDULA ÓSSEA TRATA RETINA
Células estaminais provenientes das medulas óssea são utilizadas para tratar a retina. As células estaminais provenientes das medulas óssea são utilizadas para tratar das doenças dos olhos, como a afecção da retina dos diabéticos.
As deteriorações da visão relacionadas com a idade, no estudo, realizado em ratos, adiantam que na origem desta esperança está uma linhagem especial de células EPC (Endothelial Precursor Cells, ou células precursores endoteliais) retiradas da medula ósseas e capazes de formar vasos sanguíneos. É a medula óssea que funciona como a “fábrica” das células do sangue (glóbulos vermelhos e brancos)., caso das células EPC serem geneticamente modificadas antes de serem injectadas no olho do rato, podem também impedir a indesejável proliferação de vasos sanguíneos., caso esta técnica funcione tão bem com os humanos como com os ratos, as células estaminais seriam susceptíveis de tratar a retinopatia diabética, uma afecção da retina frequente em pacientes de diabetes.
A obesidade, que mata cerca de 300.000 norte-americanos por ano, predispõe para a forma mais corrente da diabetes, dita do tipo. A diabetes origina uma degenerescência dos vasos capilares que irrigam a retina. A retinopatia diabética é a principal causa de cegueira. Praticamente todas as pessoas que sofrem da diabetes há mais de 30 anos terão uma alteração da visão.

Comentário: A medula óssea é muito importante para a vida humana, porque é um método para a cura de pessoas, assim é muito utilizada para a cura de algumas doenças como a cegueira e para as pessoas que principalmente sofrem de diabetes.Na minha opinião acho que é um método muito eficaz e que talvez devesse ser mais utilizado em alguns casos.

 

Células estaminais não embrionárias, neo–natais, by André

Uma última oportunidade

Uma última opção como fonte de células estaminais pode ser o sangue do cordão umbilical que normalmente é eliminado no parto.
Algumas empresas oferecem-se agora para recolher o sangue da placenta e, através de uma taxa, armazenam-no caso a criança venha a adoecer.
Estas empresas defendem que as células estaminais recolhidas desta forma podem ser utilizadas para tratar problemas sanguíneos como, por exemplo, leucemia e algumas perturbações genéticas e imunitárias.

As células estaminais recolhidas no sangue do cordão umbilical servem como um seguro de saúde. Afinal, no futuro poderão ser utilizadas no tratamento de eventuais doenças hoje dadas como mortais. Uma fonte de células estami­nais não embrionárias é o sangue do cordão umbilical. Estas célu­las estaminais neonatais podem ser colhidas e processadas logo após o nascimento, num proces­so totalmente seguro e indolor pa­ra a mãe e para o recém-nascido, tendo uma grande aplicabilidade terapêutica.

Aplicações das células estaminais do sangue do cordão umbilical
A recolha das células estaminais do sangue do cordão umbilical, normalmente descartado durante o parto, poderá constituir para o dador um seguro, permitindo fa­zer terapia celular com células próprias em determinadas doen­ças, sem necessidade de se sub­meter a listas de espera para a doação de tecidos ou sem ter que arriscar terapias com tecidos não compatíveis.

Na minha opinião as empresas que recolhem as células estaminais de sangue do cordão umbilical fazem bem pois podem salvar muita gente a partir de um processo indolor tanto para a mãe como para o recém-nascido, processo este que não gera tanta controvérsia como as outras fontes de células estaminais.

 

Células estaminais não embrionárias, neo–natais, by Fátima


As células estaminais adultas
Ao longo destes trinta anos de estudos das células estaminais adultas, ficou claro que existem, em muitos tecidos adultos, células estaminais, mas capazes de dar origem somente a células próprias de um certo tecido. Isto é, não se pensava na possibilidade de uma nova programação delas. Uns anos mais recentes, porém, descobriram-se também em vários tecidos humanos células estaminais pluripotenciadas - na medula óssea, no cérebro, no mesenquima de vários órgãos e no sangue do cordão umbilical - isto é, células capazes de dar origem a outros tipos de células, na sua maioria hemáticas, musculares e nervosas. Descobriu-se como reconhecê-las, seleccioná-las, ajudá-las a desenvolver-se e levá-las a formar diversos tipos de células maturas através de factores de crescimento e outras proteínas regularizadoras. Aliás, foi já percorrido um notável caminho no campo experimental, aplicando inclusive os métodos mais avançados de engenharia genética e de biologia molecular para a análise do programa genético que opera nas células estaminais, e para a comutação de genes desejados em células estaminais ou progenitoras que, implantadas, sejam capazes de devolver a tecidos doentes as suas funções específicas. Basta dizer, apoiados nos textos transcritos, que, no homem, as células estaminais da medula óssea, donde se formam todas as várias linhas de células hemáticas, e que, depois de purificadas, são capazes de reconstituir toda a população hemática em pacientes que recebem doses ablativas de radiações e de quimioterapia, e isso numa velocidade proporcional à quantidade de células usadas. Além disso, há já indícios de como guiar o desenvolvimento de células estaminais nervosas utilizando diversas proteínas - tais como a neuroregulina e a proteína 2 hosteomorfógena - que são capazes de encaminhar as NSCs para se tornarem neurões ou glúten, ou mesmo músculo liso.
A satisfação, embora prudente, resultante de muitos dos trabalhos citados, é um índice das grandes promessas que as "células estaminais adultas" reservam para uma terapia eficaz de muitas patologias. As informações assim obtidas, orientarão avanços futuros. Em última análise, a terapia genética poderá permitir o tratamento de doenças genéticas e adquiridas, sem as complicações dos transplantes de células alogénicas.
Todos estes progressos e os resultados já alcançados no campo das células estaminais adultas (ASC) deixam entrever não só a sua grande plasticidade, mas também uma ampla possibilidade de prestações, presumivelmente não distinta das utilizações das células estaminais embrionárias (ES), visto que a plasticidade depende em grande parte de uma informação genética, que pode ser reprogramada.
Evidentemente, não é possível ainda confrontar os resultados terapêuticos real e possivelmente alcançados utilizando as células estaminais embrionárias e as células estaminais adultas. Quanto a estas, estão já em curso, em várias firmas farmacêuticas, experimentações clínicas], que deixam prever bons resultados e abrem sérias esperanças num futuro mais ou menos próximo. Quanto às células estaminais embrionárias, embora várias tentativas experimentais tenham dado sinais positivos, a sua aplicação no campo clínico - devido precisamente aos graves problemas éticos e legais conexos - requer uma séria ponderação e um grande sentido de responsabilidade face à dignidade de todo o ser humano.

 

Células estaminais embrionárias, provenientes de embriões criconservados, excedentários de tratamentos de RMA, by Sandra



Evitar embriões excedentários….

Existem técnicas das quais não resultam embriões excedentários, e mesmo na fecundação in-vitro pode evitar-se a produção de mais embriões do que aqueles que se destinam a ser implantados no útero.


No entanto, se produzidos o que fazer com eles?...

Os cientistas esperam no futuro, poder utilizar, células estaminais retiradas de adultos, depois do devido consentimento. Mas isto será correcto?

Para alguns, um embrião recente é apenas uma bola de células sem qualquer característica humana;
Para outros, a investigação é inaceitável porque o embrião é considerado um humano bebé.

A possível utilização de embriões humanos em investigação científica na União Europeia é regulada pelo direito interno de cada Estado Membro, questão que suscita muita polémica pelas diferentes opções legislativas adoptadas.
No Reino Unido, utilizam-se os embriões humanos excedentários em projectos de investigação científica, no entanto, na Áustria é eticamente inadmissível. Em Portugal, o processo que regula a utilização de embriões excedentários ainda está em estudo. Mas por enquanto “ é proibida a criação de embriões para fins de investigação em território português”.

E eu o que penso?...
Sinceramente não consigo arranjar uma opinião concreta sobre o assunto, pois por um lado, se fosse possível através dos embriões descobrir curas para certas doenças que tanto afectam o ser humano, estaria perfeitamente a favor da utilização de embriões para fins de investigação. Seria um grande passo no avanço da Medicina...
Por outro lado, se o embrião fosse meu, e tivese as condições necessárias para o acolher, não admitia que o utilizassem na investigação.
Este tema é muito polémico e está de acordo com a consciência de cada um...vai ser muito difícil chegar a uma conclusão, o que deixará este assunto sempre em aberto, à espera de novas opiniões e de novas ideias..!! Por isso, é importante que as pessoas reflictam sobre o assunto e que tentem de alguma maneira, fazer com que a sua opinião chegue “aos ouvidos dos Estados Membros”. Pode ser que ajude....

 

Células Estaminais Embrionárias, provenientes de embriões crioconservados, excedentários de tratamentos de RMA, by Ana Margarida

A preparação de células estaminais embrionárias, implica, entre outros métodos, a utilização de embriões (figura 1) excedentes de técnicas de reprodução medicamente assistida e consequentemente crio conservados.
Esta células estaminais estão contidas nos embriões humanos. Pelo facto de se poderem converter em praticamente qualquer órgão e permitirem ao embrião desenvolver-se e converter-se num corpo totalmente formado, estas células designam-se por pluripotenciais. Por esta razão, é que, teoricamente, aprendendo como faze-las crescer e manipulando-as, poderiam ser originados tecidos ou órgãos novos em laboratório para implanta-las em pacientes e curar doenças. No entanto, quando as células estaminais são extraídas do embrião, esta já não se desenvolve e morre. Isto, é o que acontece, com os embriões excedentes, por exemplo, da fecundação in vitro.
Esta técnica, conduz à fecundação de um elevado número de óvulos, em relação ao número de embriões que seria razoável implantar. Isto leva, a que neste momento se levante o problema da existência de numerosos embriões crio conservados, o que os leva a dois destinos: descongela-los, morrendo ou aproveita-los para a experimentação.
No que diz respeito à experimentação, estas podem ser utilizadas como fins terapêuticos, uma vez que as células estaminais têm a capacidade de se diferenciar, há a esperança que estas se transformem para substituir tecidos e órgãos afectados por doenças ou por lesão, com o objectivo de restabelecer uma função normal.
No entanto, há quem defenda que a vida humana começa quando o embrião se forma, pelo que ira provocar problemas de ordem ética, pois o interesse cientifico não se pode sobrepor aos valores da vida e dignidade humana.

Figura 1. Embrião humano

Apreciação crítica:

O assunto sobre células estaminais, nos últimos tempos tem sido o centro das atenções na ciência, mas as células estaminais embrionárias, têm sido alvo da ética. Principalmente no que diz respeito ao estudo feito neste trabalho, pois as células estaminais podem obter-se a partir de outros órgãos ou tecidos, pelo que não há necessidade de afectar os embriões humanos. Isto, no contexto, da utilização de fecundação in vitro, por exemplo, que na maior parte dos casos, vão “sobrar” embriões que não serão necessários para o prosseguir de uma gravidez e então quase será o destino deles, crio conservação e a seguir a morte e a utilização experimental. Esta situação é desnecessária, afinal existem outras técnicas de reprodução medicamente assistida, em que não há embriões excedentes, como por exemplo a micro injecção, entre outros. Então sou de acordo, que se deve tomar outro rumo, e aplicar outros métodos, sem por em causa os embriões humanos. Pois se o cadáver, já não tem vida e merece respeito, porque não respeitar um embrião que é o principio de uma vida?!


Wednesday, April 05, 2006

 

Células Estaminais Embrionárias, provenientes de embriões crioconservados, excedentários de tratamentos de RMA, by Jõao


Noticia:
Patriarca contra investigação em embriões excedentários, cuja existência "deve" evitar-se.
"Nem todas as descobertas da ciência, aplicadas sem o rigor ético de defesa da dignidade da pessoa humana, são factores de paz", disse D. José, relacionando o dia mundial com o tema da investigação científica. O patriarca acrescentou que os excedentes de embriões - resultantes de tratamentos contra a infertilidade mas nunca implantados no útero - "devem e podem ser evitados" pelo progresso científico e técnico. "A dignidade do embrião humano", ligada "à família e ao amor", "não permite que [ele] seja alvo, enquanto [ser] vivo, de qualquer investigação, por mais promissora que seja". Também "os direitos inalienáveis do nascituro, entre os quais sobressai o direito de ter uma família, com um pai e uma mãe, sobrepõe-se, do ponto de vista moral, ao entusiasmo de aplicar, ao sabor dos critérios individuais, todas as possibilidades que a ciência abriu" As palavras do cardeal-patriarca referiam-se à legislação que está a ser discutida na Assembleia da República. Quatro projectos de lei sobre procriação medicamente assistida foram aprovados em Outubro e estão agora em discussão na especialidade. Apesar de praticada desde 1986, a procriação medicamente assistida nunca foi regulamentada em Portugal.D. José Policarpo sublinhou, entretanto, a importância da ciência como busca da verdade. A perspectiva que ela gera, "chamada "mentalidade científica", constitui uma componente importante "de uma cultura para a paz". Na procura da "verdade profunda da criação, das suas potencialidades e dinamismos", o verdadeiro "fundamento da dignidade da ciência", e na busca "do bem do homem e de toda a família humana", a ciência pode encontrar-se com a fé: entre ambas, "como caminhos diferentes de chegar à verdade, não pode haver antagonismos intransponíveis."O cardeal concluiu dizendo que a verdade - tema da mensagem para o Dia Mundial da Paz - "fundamenta um quadro ético de valores, irredutíveis à verdade individual, absolutamente indispensáveis para a construção da paz". E que é "missão principal das religiões e culturas em diálogo" promover a "dignidade do homem, base indispensável para a paz".
Em relação a este assunto não estou de acordo com o Sr. cardeal patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, porque sou da opinião de que se deve evoluir em relação ao desconhecido, a meu ver este assunto é essencial para que se possa saber mais sobre o desconhecido que é o Homem, pois quanto mais se souber sobre o Homem melhor poderemos combater as suas doenças.
Nesta noticia está publicado que a dignidade do embrião humano não permite que ele seja alvo de qualquer que seja a investigação, pois eu discordo porque essa investigação no embrião pode ser muito produtiva no futuro, a partir dessas investigações podemos vir a saber muito mais num futuro próximo.
Defendo sim que estas investigações devam ser estritamente efectuadas quando apenas forem necessárias e produtoras de algo positivo para a humanidade, e que não sejam efectuadas com fins de degradação na sociedade.

 

Células Estaminais Embrionárias provenientes de embriões produzidos, com gâmetas crioconservados, excedentários de tratamentos de RMA, by AndreiaGomes



Congelação de óvulos para futura gravidez no futuro

Dentro de alguns anos vai ser possível congelar alguns dos óvulos de uma mulher, para que os mesmos possam ser fecundados in-vitro e dar origem a uma gravidez. Um procedimento bastante arriscado actualmente e com elevado grau de falibilidade, mas que poderá vir a ser habitual dentro de alguns anos.
“É um trabalho que abre perspectivas de um novo procedimento que permita congelar óvulos, à imagem do que sucede já com os espermatozóides”. De acordo com o médico Silva Carvalho, “estamos ainda a falar de cerca de cem bebés nascidos em todo o mundo a partir da fecundação de óvulos congelados, quando se sabe que um a três por cento das crianças que nascem actualmente na Europa resultam já de tratamentos medicamente assistidos”.
Comentar uma notícia, como a que acima apresento, num site é muito mais do que fazer um mero trabalho de biologia, é cativar um público, é deixá-lo esclarecido e curioso pelo conhecimento.
E de facto o tema, células estaminais, não podia ser mais actual e de grande discussão… A Igreja não aprova a sua utilização, defendendo que a cultura progressivamente tecnitizou e instrumentalizou a procriação, acabando por torna-la impessoal. Corresponderá isto á realidade? Não estará o Homem já a tentar manipular o imanipulável? São infindáveis as questões que poderia enumerar contudo há um lado muito positivo em tudo isto, pois actualmente a maioria dos homens e mulheres com problemas de fertilidade têm um elevada possibilidade de virem a ser papás e mamãs, isto por processos de reprodução assistida. E se houver espermatozóides ou óvulos excedentários destes tratamentos porque não crioconserva-los? Poderão ajudar um outro casal… ou até dar origem, por fecundação in-vitro, a um embrião que poderá doar células estaminais, que por sua vez poderão salvar vidas… mas é certo pensarmos assim em guardar gâmetas percursores de vida a uma temperatura gélida até ser decidido a sua utilização? Será o mais correcto usá-los, como se fossem objectos, para criar um embrião, que não passa de um pequeno ser em crescimento? E será atitude humanamente aceitável usar apenas esse ser pequenino e sem defesas para se lhe retirarem células estaminais? É verdade que estas poderão ser muito úteis mas estamos a MATAR! De facto talvez a Igreja até tenha alguma razão… não estaremos a tecnitizar e a instrumentalizar a procriação? Até que ponto o Homem não se estará a destruir a ele próprio?
Se olharmos para a notícia que apresento acima, tudo parece positivo mas vejamos também o lado humano de tudo isto:
Excerto I: “um a 3% das crianças que nascem (…) medicamente assistidos”
A opinião da Igreja: “O nascimento do Homem parece ás vezes um simples dado estatístico, registado como tantos outros no balanço demográfico.”
A ciência e a tecnologia ofuscam com maravilhas mas escondem muito um lado escuro, cabe a todos nós, jovens e principais afectados com este novo mundo, olha-lo bem e pôr ou não um travão naquilo a que chamamos de evolução…

 

Células Estaminais Embrionárias provenientes de embriões produzidos, com gâmetas criopreservados, excedentários de tratamentos de RMA, by Carolina

Os processos de reprodução medicamente assistida (RMA) claramente se destinam a concretizar o desejo de homens e mulheres de serem pais. As tentativas de fecundação e a expectativa de maiores acertos inevitavelmente geram um número maior de embriões do que realmente é utilizado. Nessa perspectiva, há formação de embriões excedentários, os quais, passam a ser congelados (crioconservação), uma vez seleccionados os destinados à implantação.

Daqui, obtiveram-se assim, depósitos consideráveis de embriões crioconservados, sendo que alguns não oferecem condições de saúde que os tornem aptos para implantação. Mas não há que duvidar de que outros são tão viáveis e sãos quanto os implantados e existentes simplesmente por não terem sido necessários. Para minimizar este problema, de impacte humano, ético, social e jurídico muito elevado, tem-se recomendado que, na medida do possível, se evite a existência de embriões excedentários, seja pela restrição do número de óvulos fecundados, pelo recurso a técnicas que não obriguem à sua produção (p.ex. transferência intratubar de gâmetas) ou pela selecção prévia de gâmetas e microinjecção de espermatozóide (s) seleccionado (s). De qualquer modo, persiste o problema dos embriões já armazenados. A solução adequada seria implantá-los em ciclos ulteriores da mulher em que se realizou o primeiro tratamento ou disponibilizá-los para adopção intra-uterina. Tornou-se há muito evidente que tal solução é irrealizável, para além de nunca poder resolver o caso dos embriões de duvidosa saúde. Esgotadas todas as esperanças de poder a vir implantá-los (p.ex., ao fim de vários anos), aos embriões excedentários só resta dar-lhes dois destinos: deixá-los morrer, descongelando-os, ou aproveitá-los para a experimentação.

Contudo, não existe nenhuma legislação sobre a vida embrionária e sobre a reprodução medicamente assistida, mas há quem defenda que esta vai ser criada rapidamente, no sentido de proibir a produção de embriões excedentários para congelação, a experimentação em embriões humanos ou o recurso a bancos de esperma.

A minha opinião em relação a este tema é bastante simples, embora o tema seja muito controverso, e resume-se em três pontos. Em primeiro acho que os embriões não devem ser destruídos. Em segundo, e embora não seja eticamente correcto, mas porque a ciência tem que evoluir, uma parte dos embriões congelados deveriam ser utilizados para investigação (cura de doenças, novas técnicas de RMA, etc…). Em terceiro, e para acabar, acho que os restantes embriões deveriam ser doados a casais com problemas de infertilidade, e sem possibilidades de recorrer a tratamentos de RMA. Apesar dos embriões não serem do casal, o bebé desenvolver-se-ia dentro da mulher do casal e cresceria desde bebé no seio de uma família. Podemos igualar este último ponto a uma adopção, a diferença é que em vez de uma criança, ainda vem um embrião, e os pais podem experimentar todas as fases de uma gravidez, desenvolvimento e crescimento de uma criança.

 

Células Estaminais Embrionárias produzidas por clonagem a partir de um adulto, by Olga

Destruídos para salvar vidas
As células estaminais têm a capacidade de se transformar em qualquer uma das células do organismo humano e são utilizadas na regeneração de tecidos, órgãos e sangue. Estas células podem dar origem a todos os tipos celulares do indivíduo adulto, daí pluripotentes.
Tem-se falado muito de clonagem humana na imprensa. Na realidade, a maioria dos cientistas não está interessada em produzir clones humanos. O que os cientistas pretendem é produzir células humanas clonadas que possam ser utilizadas para tratar algumas doenças (clonagem terapêutica).
Como? Imagine que tinha alguma doença que estava a destruir lentamente partes do seu cérebro. Os tratamentos actuais apenas reduzem os sintomas enquanto a doença continua a provocar lesões no cérebro. A clonagem oferece a esperança de uma cura. Os cientistas iriam produzir um embrião clonado utilizando o ADN das suas células epidérmicas. Em seguida, iriam retirar células estaminais deste embrião, transformavam-nas em células cerebrais e fariam um transplante para o seu cérebro.Também se pode pegar num ovo não fertilizado e introduzir o seu próprio ADN, dando origem a um clone seu. Caso tivesse, por exemplo, diabetes, doença de Parkinson, cancro, problemas cardíacos (figura 2) ou a doença do Alzheimer, este embrião poderia ser utilizado para fornecer células estaminais para o curar. Figura 1– Células cardíacas injectadas no coração de uma vítima de enfarte

A clonagem é uma maneira diferente de utilizar células estaminais para curar uma doença. Algumas pessoas preferem esta forma de obter estas células. Afinal, um embrião clonado é uma cópia genética de alguém que está vivo e deu o seu consentimento. Outras acham que isso dará um “empurrão” à clonagem reprodutiva.

Opinião do leitor:
Muitas vezes eu própria me questiono se será legal clonar um embrião humano somente para investigação médica (clonagem terapêutica). Na minha opinião, a clonagem terapêutica é muito importante pois, permite a cura de muitas doenças até agora incuráveis não correndo o risco da incompatibilidade. Mas, também tem um lado muito controverso ao qual não concordo que é clonar embriões somente para investigação médica depois acabariam por morrer.Isto é, ao salvar-se uma vida acabaria por matar-se uma outra que ainda estava no início da sua vida. Contudo, na minha perspectiva é melhor utilizar um embrião clonado em vez de um embrião excedentário, que tem uma combinação genética única e que foi criado com o objectivo de ser implantado no útero.

 

Células Estaminais Embrionárias produzidas por clonagem a partir de um adulto, by Caty

Células estaminais clonadas a partir de um adulto.
Para conseguir abordar o tema na sua total e plenitude terei que falar também sobre as células estaminais embrionárias.
É a chamada clonagem terapêutica, que se baseia na obtenção de células estaminais embrionárias que, por serem totipotentes ou pluripotentes, são capazes de se diferenciarem em células de um dado tecido ou órgão para regenerá-lo, em poucas palavras, a clonagem terapêutica é a técnica de manipulação genética que fabrica embriões a partir da transferência do núcleo da célula já diferenciada, de um adulto ou de um embrião, para um óvulo sem núcleo. A clonagem terapêutica vai ter interesse para doenças degenerativas como Alzheimer, Parkinson, esclerose múltipla ou para lesões traumáticas da espinal-medula ou para regenerar órgãos como na cirrose hepática ou no enfarte miocárdio. A desvantagem é a destruição dos embriões a partir dos quais essas células forem escolhidas.
Passemos então aos adultos, sabe-se hoje que os adultos têm ainda uma pequeníssima quantidade de células pluripotenciais nos seus vários tecidos. Se se conseguissem colher essas células estaminais adulas, cultivá-las e depois transplantá-las ou “injectá-las” no órgão doente (cérebro, medula espinal, fígado, coração, etc.) elas poderiam implantar-se aí e regenerar uma parte significativa do tecido perdido ou lesado e assim recuperar a função perdida desse órgão. O problema é que é muito difícil isolar essa células de um adulto e por isso alguns investigadores propõem que se obtenham essas células a partir de embriões (onde é muito mais fácil), sejam os embriões excedentários, ou seja, aquelas que sobram no processo das fertilizações in victro para tratamento da infertelidade (e que são depois abandonados ou destruídos), sejam embriões criados expressamente para essa finalidade.
Quanto à colheita de células estaminais em adultos, ninguém parece levantar grandes obejecções a nível ético; o problema é que esta é muito difícil e para já impossível em termos práticos.
Opinião pessoal: na minha opinião se as células estaminais forem “dominadas” pelos cientistas isso seria um grande passo para a medicina, pois poderíamos por de lado o termo “mortal” para certas doenças como o cancro, e quem sabe se ao longo do tempo, com o seu estudo, não descobriríamos mais formas de cura para certas doenças que hoje nos atormentam, a sua clonagem então seria um grande beneficio, pois conseguiríamos a partir de uma célula obter outras iguais, onde este método iria ajudar a destruição dos embriões a partir dos quais essas células forem recolhidas, eis aqui um ponto com o qual eu discordo e que deve ser melhorado, sem falar na fonte de rendimento proporcionada. Embora, por enquanto, a ética não nos deixe avançar muito na sua descoberta e exploração pois afirma que “não foi ainda demonstrada nenhuma prova evidente da utilidade das células estaminais”.

 

Células Estaminais Embrionárias produzidas por clonagem a partir de um adulto, by Andreia Pais

Células estaminais são células que se podem diferenciar em diversos tipos celulares, tendo igualmente a capacidade de se auto-renovar e dividir indifenidamente.

No organismo adulto, as células estaminais adultas encontram-se presentes em orgãos como a medula óssea, a pele ou o intestino, que têm um elevado grau de perda celular requerendo uma substituição constante das suas células. Deste modo as células estaminais adultas diferenciam-se preferencialmente em células do mesmo tipo do orgão de onde derivam.

As células estaminais são células de reserva que contribuem para reabastecer o organismo durante a perda fisiológica de células diferenciadas ou em casos de perda aguda de células devido a lesões. Existem pelo menos três tipos diferentes de células estaminais: as embrionárias (ES), somáticas e as somáticas adultas. As células estaminais embrionárias, longe do que se pensa e se difunde raramente surtem o efeito esperado.
Poderão inclusive revelar-se muito perigosas criando as condições para a formação de neoplasias ou tumores. As células estaminais estão presentes no organismo humano pelo feto desenvolvido até a morte do indivíduo. As células embrionárias são totipotentes e estão feitas para criar, não reparar.
Apesar de tudo isto, muitos cientistas pensam que as células estaminais embrionárias são ideias para tratar doenças uma vez que se multiplicam consideravelmente e se podem diferenciar em todas as células e tecidos do organismo- cérebro, ossos, coração, músculos, pele.
Em minha opinião e sabendo que, existe um problema ético em relação ao uso das células estaminais, a ciência procura desenvolver através das novas tecnologias métodos que permitam a sobrevivência do homem, utilizando embriões resultante de abortos e outras situações. Defendo a investigação em células estaminais embrionais por clonagem através de um adulto, isto porque, através destas investigações poderemos obter fins terapêuticos e fins de compreensão da biologia do desenvolvimento.

 

Crioconservação de gâmetas, by Pedro Antunes


Breve História
A ideia de ultracongelar gâmetas humanos remonta, imagine-se só, a meados do séc. XVII, época em que desconheciam com rigor a morfo-fisiologia do sistema reprodutor humano (feminino e masculino) e os mecanismos de hereditariedade! Tarefa impossível, nem que fosse só pelo facto de ser desconhecido um método eficaz e duradoiro de alcançar temperaturas tão baixas (cerca de -196ºC).
Apenas há cerca de 50 anos se descobriu o processo integral que permite aos casais inférteis recorrerem a gâmetas de dadores para “gerar descendência”, células essas que se encontram crioconservadas.

Fases do Método:


Situação em Portugal

A legislação não permite a constituição de bancos de gâmetas (esperma e oócitos II), inviabilizando o avanço técnico-científico. Porém, estão em estudo modificações da lei que tornem mais atractivo o seu uso. Contudo, mesmo que seja revista, será muito difícil à maior parte da população aceder à técnica pelos elevados custos que envolve.

Comentário pessoal sobre o assunto:

A crioconservação de gâmetas, bem sucedida, abre uma janela de esperança aos casais inférteis. No entanto, há que sujeitá-la a leis muito rigorosas para inviabilizar abusos, já que esta técnica só deve ser usada como último recurso, inclusive pelos problemas ético-jurídicos que envolve, e sempre no estrito respeito pela dignidade humana. Uma vez observados estes pressupostos, estou de acordo com a sua aplicação.


 

Crioconservação de gâmetas, by Pedro Pires









A genética tem evoluído explosivamente nas últimas décadas. Vejamos o exemplo da reprodução humana, que tem vindo a surpreender tudo e todos no decorrer da sua evolução. Mas tem lançado inúmeros problemas éticos, vale acentuar, nessa matéria, a precisa observação de Eser: "a doação de gâmetas não é idêntica à doação de sangue: o sangue é totalmente absorvido pelo corpo de um terceiro, enquanto que o gâmeta, além de ser absorvido, perpetua a pessoa do doador na criança". Devido a todos esses problemas, o Conselho Federal Brasileiro de Medicina estatuiu normas éticas para utilização das técnicas da reprodução assistida. Estabelecida a premissa de que tais técnicas têm "o papel de auxiliar na resolução dos problemas de infertilidade humana", a referida Resolução fixou, entre outras, algumas regras relevantes: a) a doação gratuita de gâmetas, b) o anonimato recíproco dos doadores e dos receptores; c) a crioconservação de espermatozóides, óvulos e pré-embriões; d) a proibição da destruição de pré-embriões excedentes; e) a necessária manifestação dos companheiros sobre o destino a ser dado aos pré-embriões, no momento da crioconservação; f) a proibição de intervenção em pré-embriões in vitro, a não ser para avaliação de sua viabilidade ou detecção de doenças hereditárias; g) a possibilidade de substituição desde que haja problema médico que impeça ou contra-indique a gestação na doadora.

Comentário
Na minha opinião as medidas tomada no Brasil foram bastante boas.
Acho que não devemos fechar os olhos nem “enterrar a cabeça na areia”, pois se os métodos agora existentes tiverem um mau uso podem por em causa a integridade física e moral, a privacidade, a família, o casamento, etc., vejamos, se não existissem medidas, o que seria feito aos embriões que não são totalmente transferidos ao útero materno?, até que ponto um ser humano pode ser objecto de uma transacção?, até onde pode ser tratado como mercadoria?. Estas questões têm um certo carácter ético, mas são questões que não podem deixar de ser focadas.
Em suma, a liberdade de pesquisa é a regra, mas não é ela plena, total, irrestrita: deve sofrer limitações para a integridade e a preservação da pessoa humana, na sua dignidade. Tais limites devem, estar, no entanto, devidamente fundamentados e não podem ser inspirados por preconceitos morais ou religiosos ou por sentimentos inconsistentes de medo em relação à biotecnologia moderna.

 

Crioconservação de gâmetas, by Catarina Abrantes

Actualmente o desenvolvimento da criobiologia permite a conservação de células por tempo prolongado, mantendo as propriedades biológicas após o descongelamento. A existência de um programa de crioconservação de (fig1-oócito)gâmetas ( sêmen - óvulo ) é fundamental para o funcionamento de um serviço de reprodução assistida .
As falhas ováricas prematuras podem surgir no decurso natural de algumas condições patológicas. Neste contexto, os avanços recentes para o tratamento de alguns neoplasmas levantam cada vez mais o problema da qualidade de vida, nomeadamente no que diz respeito à fertilidade após a remissão clínica. De facto, não são apenas as doenças genéticas ou ováricas que podem induzir falhas ováricas prematuras.
A preservação da fertilidade é procurada com cada vez mais frequência. Ainda não existem protocolos eficazes para a conservação de gâmetas femininos.
Entretanto, a crioconservação do sémen humano resulta na diminuição da mobilidade do esperma devido a danos estruturais e funcionais, tais como a perda do acrossoma. Essas habilidades representam parâmetros importantes para avaliar o potencial de fertilização dos espermatozóides crioconservados. Ao comparar a mobilidade, a morfologia e a integridade da membrana dos espermatozóides antes da crioconservação e depois do descongelamento, em dois meios de crioprotecção – “TEST-yolk buffer” e glicerol, concluiu-se que os espermatozóides crioconservados em “TEST-yolk buffer” apresentam mobilidade e morfologia normais superiores aqueles crioconservados em glicerol. A avaliação da função celular em amostras de sémen crioconservado tem ganhado importância, especialmente após a introdução da técnica de injecção de um único espermatozóide dentro do oócito (ICSI) para tratamento da infertilidade de causa masculina grave.
Consequentemente, até mesmo amostras de sémen de péssima qualidade e amostras de tecido testicular poderão ser crioconservados com sucesso. Todos esses eventos mostram a importância da compreensão da fisiologia do espermatozóide após os processos de crioconservação e descongelamento. Dessa forma, pode-se aumentar a probabilidade de sucesso em reprodução assistida com o uso de espermatozóides crioconservados.
Na minha opinião acho que a crioconservação de gâmetas é muito vantajoso para a sociedade, quer a nível do ser humano quer a nível animal. Se há possibilidades de vir ajudar casais inférteis e também a evitar a extinção de certos animais, acho que bom.

 

Crioconservação de Embriões, by Joana Aguiar

O caso dos embriões congelados
Há relativamente pouco tempo, os jornais de todo mundo abriram com uma notícia imensamente sensacionalista, criada pelo avanço da ciência na reprodução humana: o propósito, anunciado pelas autoridades de saúde britânicas, de destruir mais de 6 mil embriões humanos congelados. Criou-se, ao mesmo tempo, um dilema (impossível de se resolver satisfatoriamente) e um paradoxo (ou ironia).
Explicando melhor: com o desenvolvimento das técnicas de fertilização “in vitro” (os famosos “bebés-proveta”), gera-se um número maior do que se necessita de embriões humanos, cada um deles com apenas um dia de idade. Nessa fase do desenvolvimento embrionário, eles são pouco mais do que um aglomerado disforme de células (fig.1), não se classificando como sendo “seres humanos” na acepção mais estrita da palavra.

Fig. 1
O médico que realiza a fertilização pára o crescimento embrionário colocando-o em nitrogénio líquido, podendo o embrião ser mantido nessa condição por vários anos. Havendo a necessidade de implantá-lo no útero da receptora que o gestará (não sendo ela necessariamente a mãe genética), o embrião pode ser descongelado. Quanto mais tempo passa entre o congelamento e o descongelamento, maior é o perigo que se produza um aborto ou um feto malformado, por isso a lei inglesa (como a da maioria dos países que já legislaram a respeito) determina que não se utilizem embriões com mais de três anos de congelamento. Deduz-se, portanto, que eles devem ser destruídos, mesmo contra a vontade dos pais, e aqui criou-se toda a confusão. Será lícito destruir embriões humanos?

Opinião pessoal:
Eu acho que não, mas vejamos outros lados, do ponto de vista dos religiosos cristãos, a morte desses embriões equivale a um genocídio de 6 mil alminhas em potencial, pois consideram que a vida humana é sagrada desde o instante exacto da concepção (fertilização do óvulo pelo espermatozóide). Para os médicos, o sacrifício será necessário para evitar problemas futuros, muito sérios, que os podem expor a processos jurídicos e a toda sorte de confusões. Para os juristas, é a lei, e ela deve ser cumprida, sob pena severa.
Eu penso que uma boa saída seria os pais doarem boa parte desses embriões para serem usados por casais inférteis. Aliás, não faltam candidatos. No entanto, a maioria dos pais desses embriões recusam-se a fazer essa doação porque não querem os seus filhos biológicos a viver e a crescer no ventre de mães desconhecidas.
Esta é uma questão complexa, sem respostas fáceis, do ponto de vista moral, ético e jurídico.
Tudo isto me faz reflectir sobre como o avanço vertiginoso das ciências biomédicas, principalmente no campo da genética e da reprodução, está a trazer situações totalmente novas, que criam enormes conflitos, e que as cortes jurídicas não sabem como resolver. No caso dos embriões quem tem razão?...


 

Crioconservação de Embriões, by Joana Cardoso






EMBRIÕES CRIOCONSERVADOS
As ainda muito imperfeitas técnicas de fecundação in vitro até hoje utilizadas, deixam como legado dos seus êxitos e dos seus falhanços um número elevado de embriões congelados, ditos supranumerários ou excedentários. Estes embriões, que em número excedem os que são implantados no útero (em regra dois, no máximo três) só podem ter quatro destinos: implantação, no caso de não ter tido êxito a primeira tentativa, em ciclo ulterior da mesma mulher; doação a outro casal (que assim procederá a uma adopção in útero); utilização para fins experimentais; ou ainda, ao fim de um prazo que em vários países é fixado em 5 anos, descongelamento e morte.
Calcula-se (não há dados fiáveis, já que não são obrigatórios os registos respectivos) que existam actualmente 100 a 200 mil embriões "excedentários". Em face de tal abundância, um critério utilitarista tenderá a reclamar o recurso a estes embriões para colheita de células estaminais. Sabendo-se embora que cerca de 50% não resistirão à descongelação, o número é de tal modo elevado que bastará recorrer a uma fracção pequena para conseguir inúmeras linhas celulares, dada a sua altíssima capacidade de multiplicação.
A aceitar-se este recurso, fica ainda o problema de averiguar se é ou não necessário o consentimento informado dos pais (biológicos) do embrião, antes de o usar. Não parece que seja o caso, já que o abandonaram e lhe recusaram sobrevivência: de resto, o embrião não é uma coisa que possa ter dono.
Parece difícil apresentar objecções a este modo de ver: é preferível deixar morrer ingloriamente estes embriões que ninguém quer ou aproveitá-los de modo a que se tornem dadores (involuntários, é certo) de vida? A segunda possibilidade aparece como o menor de dois males. Mas é claro que o verdadeiro mal está na produção deste excesso de embriões, que nunca deviam ter sido "feitos". A legislação deve ser muito mais estrita neste ponto e os casais que procuram ajuda de especialistas de procriação medicamente assistida têm obrigação moral de assumir a implantação de todos os embriões que sejam viáveis, no primeiro ciclo de tratamento ou em ciclos posteriores, que podem distar anos entre si.
Apreciação:
Apesar de ser um tema que gera muita controvérsia, estou de acordo com a utilização de embriões crioconservados na investigação médica se o embrião for muito recente, e permita a descoberta de cura para doenças e obtenção de células estaminais.
Mas, deveria elaborar-se uma lei que regulamenta-se a utilização dos embriões na investigação médica, devendo esta questão ser discutida com cientistas, especialistas em bioética, líderes religiosos e elementos da sociedade civil.


 

Crioconservação de Embriões, by Rui

Critica:
Acho que devemos ter mais consideração pelas outras pessoas e estarmos mais atentos a todas as chamadas de atenção que nos são feitas.
Temos de prestar atenção aquilo que e chamado lixo nos hospitais porque as pessoas de que provieram foi para ajudar outras pessoas e não para ir para o lixo.
Nós devemos ser depois de cadáveres utilizados para desenvolver a ciência e chegar mais longe no que diz respeito as células estaminais.


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