Wednesday, April 05, 2006

 

Crioconservação de gâmetas, by Pedro Antunes


Breve História
A ideia de ultracongelar gâmetas humanos remonta, imagine-se só, a meados do séc. XVII, época em que desconheciam com rigor a morfo-fisiologia do sistema reprodutor humano (feminino e masculino) e os mecanismos de hereditariedade! Tarefa impossível, nem que fosse só pelo facto de ser desconhecido um método eficaz e duradoiro de alcançar temperaturas tão baixas (cerca de -196ºC).
Apenas há cerca de 50 anos se descobriu o processo integral que permite aos casais inférteis recorrerem a gâmetas de dadores para “gerar descendência”, células essas que se encontram crioconservadas.

Fases do Método:


Situação em Portugal

A legislação não permite a constituição de bancos de gâmetas (esperma e oócitos II), inviabilizando o avanço técnico-científico. Porém, estão em estudo modificações da lei que tornem mais atractivo o seu uso. Contudo, mesmo que seja revista, será muito difícil à maior parte da população aceder à técnica pelos elevados custos que envolve.

Comentário pessoal sobre o assunto:

A crioconservação de gâmetas, bem sucedida, abre uma janela de esperança aos casais inférteis. No entanto, há que sujeitá-la a leis muito rigorosas para inviabilizar abusos, já que esta técnica só deve ser usada como último recurso, inclusive pelos problemas ético-jurídicos que envolve, e sempre no estrito respeito pela dignidade humana. Uma vez observados estes pressupostos, estou de acordo com a sua aplicação.


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