Wednesday, April 05, 2006

 

Crioconservação de Embriões, by Joana Aguiar

O caso dos embriões congelados
Há relativamente pouco tempo, os jornais de todo mundo abriram com uma notícia imensamente sensacionalista, criada pelo avanço da ciência na reprodução humana: o propósito, anunciado pelas autoridades de saúde britânicas, de destruir mais de 6 mil embriões humanos congelados. Criou-se, ao mesmo tempo, um dilema (impossível de se resolver satisfatoriamente) e um paradoxo (ou ironia).
Explicando melhor: com o desenvolvimento das técnicas de fertilização “in vitro” (os famosos “bebés-proveta”), gera-se um número maior do que se necessita de embriões humanos, cada um deles com apenas um dia de idade. Nessa fase do desenvolvimento embrionário, eles são pouco mais do que um aglomerado disforme de células (fig.1), não se classificando como sendo “seres humanos” na acepção mais estrita da palavra.

Fig. 1
O médico que realiza a fertilização pára o crescimento embrionário colocando-o em nitrogénio líquido, podendo o embrião ser mantido nessa condição por vários anos. Havendo a necessidade de implantá-lo no útero da receptora que o gestará (não sendo ela necessariamente a mãe genética), o embrião pode ser descongelado. Quanto mais tempo passa entre o congelamento e o descongelamento, maior é o perigo que se produza um aborto ou um feto malformado, por isso a lei inglesa (como a da maioria dos países que já legislaram a respeito) determina que não se utilizem embriões com mais de três anos de congelamento. Deduz-se, portanto, que eles devem ser destruídos, mesmo contra a vontade dos pais, e aqui criou-se toda a confusão. Será lícito destruir embriões humanos?

Opinião pessoal:
Eu acho que não, mas vejamos outros lados, do ponto de vista dos religiosos cristãos, a morte desses embriões equivale a um genocídio de 6 mil alminhas em potencial, pois consideram que a vida humana é sagrada desde o instante exacto da concepção (fertilização do óvulo pelo espermatozóide). Para os médicos, o sacrifício será necessário para evitar problemas futuros, muito sérios, que os podem expor a processos jurídicos e a toda sorte de confusões. Para os juristas, é a lei, e ela deve ser cumprida, sob pena severa.
Eu penso que uma boa saída seria os pais doarem boa parte desses embriões para serem usados por casais inférteis. Aliás, não faltam candidatos. No entanto, a maioria dos pais desses embriões recusam-se a fazer essa doação porque não querem os seus filhos biológicos a viver e a crescer no ventre de mães desconhecidas.
Esta é uma questão complexa, sem respostas fáceis, do ponto de vista moral, ético e jurídico.
Tudo isto me faz reflectir sobre como o avanço vertiginoso das ciências biomédicas, principalmente no campo da genética e da reprodução, está a trazer situações totalmente novas, que criam enormes conflitos, e que as cortes jurídicas não sabem como resolver. No caso dos embriões quem tem razão?...


Comments:
Na minha opinião os embrioes devem ser destruidos, pois visto que ao fim de certo tempo estes podem ficar alterados/deformados.
E visto que se gera um numero maior d embrioes do que é o necessario não vejo nenhum incomveniente em destrui-los.
afirmo que será lícito destruir embrioes humanos, porque se ao longo do tempo estes s forem deformando e poderao produzir um aborto e como sao produzidos mais que os necessários nao vejo nenhum imconveniente.
 
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