Thursday, April 06, 2006

 

Células Estaminais Embrionárias, provenientes de embriões crioconservados, excedentários de tratamentos de RMA, by Ana Margarida

A preparação de células estaminais embrionárias, implica, entre outros métodos, a utilização de embriões (figura 1) excedentes de técnicas de reprodução medicamente assistida e consequentemente crio conservados.
Esta células estaminais estão contidas nos embriões humanos. Pelo facto de se poderem converter em praticamente qualquer órgão e permitirem ao embrião desenvolver-se e converter-se num corpo totalmente formado, estas células designam-se por pluripotenciais. Por esta razão, é que, teoricamente, aprendendo como faze-las crescer e manipulando-as, poderiam ser originados tecidos ou órgãos novos em laboratório para implanta-las em pacientes e curar doenças. No entanto, quando as células estaminais são extraídas do embrião, esta já não se desenvolve e morre. Isto, é o que acontece, com os embriões excedentes, por exemplo, da fecundação in vitro.
Esta técnica, conduz à fecundação de um elevado número de óvulos, em relação ao número de embriões que seria razoável implantar. Isto leva, a que neste momento se levante o problema da existência de numerosos embriões crio conservados, o que os leva a dois destinos: descongela-los, morrendo ou aproveita-los para a experimentação.
No que diz respeito à experimentação, estas podem ser utilizadas como fins terapêuticos, uma vez que as células estaminais têm a capacidade de se diferenciar, há a esperança que estas se transformem para substituir tecidos e órgãos afectados por doenças ou por lesão, com o objectivo de restabelecer uma função normal.
No entanto, há quem defenda que a vida humana começa quando o embrião se forma, pelo que ira provocar problemas de ordem ética, pois o interesse cientifico não se pode sobrepor aos valores da vida e dignidade humana.

Figura 1. Embrião humano

Apreciação crítica:

O assunto sobre células estaminais, nos últimos tempos tem sido o centro das atenções na ciência, mas as células estaminais embrionárias, têm sido alvo da ética. Principalmente no que diz respeito ao estudo feito neste trabalho, pois as células estaminais podem obter-se a partir de outros órgãos ou tecidos, pelo que não há necessidade de afectar os embriões humanos. Isto, no contexto, da utilização de fecundação in vitro, por exemplo, que na maior parte dos casos, vão “sobrar” embriões que não serão necessários para o prosseguir de uma gravidez e então quase será o destino deles, crio conservação e a seguir a morte e a utilização experimental. Esta situação é desnecessária, afinal existem outras técnicas de reprodução medicamente assistida, em que não há embriões excedentes, como por exemplo a micro injecção, entre outros. Então sou de acordo, que se deve tomar outro rumo, e aplicar outros métodos, sem por em causa os embriões humanos. Pois se o cadáver, já não tem vida e merece respeito, porque não respeitar um embrião que é o principio de uma vida?!


Comments:
Através da leitura deste trabalho deduzo que o grande problema implícito é "será moralmente lícito aproveitar embriões congelados para obter Células Estaminais?".Mas associado a este grande problema encontra-se também patente a questão "Que destino dar aos embriões excedentários de técnicas de Reprodução Medicamente Assistida, como por exemplo os embriões excedentes da FIV (Fecundação in vitro). Ainda relativamente à questão anterior associada ao problema questiono-me se são lícitos os destinos para os embriões crio-conservados, descongelá-los acabando consequentemente por morrer ou aproveitá-los para experimentação, como por xemplo para obter Células Estaminais.
Actualmente existem muitos embriões armazenados em congeladores por toda a União Europeia. Através deste número observo que realmente existem muitos embriões crio-consevados e que o seu destino é actualmente muito incerto.Aliás,até mesmo os cientistas não sabem o rumo a dar a estes embriões.Por um lado, na minha opinião, estes embriões excedentários ajudaram algum casal a realizar o sonho de serem pais.Mas, eu não concordo com o facto de existirem tantos embriões excedentários, porque hoje em dia já é possível reduzir esse número.Os cientistas podem utilizar outras técnicas, como por exemplo a microinjecção.Aliás esta técnica em determinadas condições seria até mais eficaz.
Relativamente ao destino a dar a estes embriões excedentes é muito contraditório. Pois os pais podem optar por doar os embriões para investigação ou pela sua eliminação.
N minha opinião, não é correcto utilizar esses embriões excedentes para obter Células Estaminais,apesar da sua extrema importância,nomeadamente para fins terapêuticos(clonagem terapêutica).Pois hoje em dia já há outras fontes promissoras de obter Células Estaminais sem "matar" um ser vivo.Pra quê destruir o princípio da vida de um ser vivo se existem outras fontes para obter Células Estaminais e se existem tantos outros casais que nao conseguem ter filhos e agora até se "matam" seres tão inofensivos.
Por exemplo, uma das fontes de células Estaminais humanas que é muito vantajosa(na minha opinião), pois não prejudica a mãe nem o bebé, é o sangue placentário e o sangue do cordão umbilical.Aliás, hoje em dis muitas empresas recolhem o sangue da placenta.Acho que seria uma boa opção em vez da utilização dos embriões excedentes.Mas, depois também me questiono que como já referi anteriormente ou deconge-lo os embriões e morrem directamente e de forma cruel ou os utilizo para experimentação, obtendo as Células Estaminais, mas acabando por morrer.Contudo, estes últimos ainda foram utilizados para fins úteis.
Assim, sou da opinião primeiramente de que se deve diminuir o número de embriões excedentários, começando por substituir a técnica utilizada, pois o destino dos embriões ainda é incerto.Assim, também sou da opinião de que se deve recorrer a outra fonte de Células Estaminais .


Olga Maria Sousa 12ºA,nº 14
 
O extraordinário desenvolvimento da Ciência e da Biotecnologia que se tem verificado ao longo destas últimas 3 décadas constitui um marco importantíssimo para o Homem. No entanto, também este desenvolvimento nos tem conduzido a certos “limites”, onde há um “choque” entre a Ciência e a Ética e a Moral humana.
O tema citado em cima, e que foi abordado pela minha colega, prende-se com as implicações éticas resultantes da possibilidade de se usarem as células estaminais embrionárias (CEE) provenientes de embriões produzidos, com gâmetas crioconservados, a partir de tratamentos de RMA com fins de investigação e de desenvolvimento da Ciência, particularmente, na área da medicina humana.

Assim, começo esta minha reflexão por elogiar o trabalho desenvolvido por ela na procura da reunião de factos e de pontos de vista diversos acerca do tema e exprimo o meu global acordo com a opinião da Ana Margarida, nomeadamente com a última questão levantada: “Pois se o cadáver, já não tem vida e merece respeito, porque não respeitar um embrião que é o principio de uma vida?!
De facto, esta é a questão central que aqui se coloca. A vida, como o bem mais precioso que todos nós temos, é algo tão importante e tão bonito que se deve preservar ao máximo possível, obviamente dentro de certas circunstâncias; usar seres humanos “em potência” como meio de investigação científica, ainda que para próprio benefício do Homem, é, na minha opinião, uma questão eticamente muito pouco aceitável pois está-se automaticamente a eliminar seres humanos.

Ainda que estes sejam embriões resultantes de processos de RMA, estou de acordo que se deve procurar o recurso a outras práticas e a outros métodos mais aceitáveis como forma de investigação e terapêutica médica e reprodutiva, nomeadamente, o recurso à clonagem terapêutica de órgãos de um adulto, ao investimento noutras técnicas de RMA (após o esgotamento de todas as possibilidades “naturais”) que não criem embriões excedentários e continuação da prática do estudo de órgãos de certos cadáveres dadores ou de outras pessoas que conscientemente o autorizem, caso aqueles se encontrem em boas condições.
Relativamente aos embriões excedentários, sou da opinião que estes têm o direito à vida, podendo-se implementar estratégias de “protecção”, como por exemplo a doação de bebés para instituições de caridade ou até a crioconservação dos embriões para posteriores ciclos reprodutivos (inclusivamente para outros casais inférteis que os “aceitassem”) Igualmente penso que devem ser tomadas medidas claras de restrição, ao mínimo indispensável, do número de embriões produzidos por cada ciclo de tratamento, no caso extremo da utilização destes PRMA.

Deste modo, na sua generalidade, sou contra a utilização de CEE provenientes de embriões excedentários para a investigação científica na medida em que sou, na sua essência, um defensor da vida, particularmente da vida humana, pelo que penso que esta não deve ser reduzida a algo “descartável”. Contudo, reconheço que este tema é altamente polémico, podendo haver outras opiniões contrárias à minha. Note-se ainda que, apesar da minha opinião sobre este tema, não concordo com a estagnação da investigação; só acho que devem ser usados outros “caminhos” como forma de melhorar o conhecimento científico e certas práticas e terapêuticas médicas.


Pedro Miguel Antunes 12º A nº 17
 
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