Wednesday, April 05, 2006

 

Células Estaminais Embrionárias provenientes de embriões produzidos, com gâmetas criopreservados, excedentários de tratamentos de RMA, by Carolina

Os processos de reprodução medicamente assistida (RMA) claramente se destinam a concretizar o desejo de homens e mulheres de serem pais. As tentativas de fecundação e a expectativa de maiores acertos inevitavelmente geram um número maior de embriões do que realmente é utilizado. Nessa perspectiva, há formação de embriões excedentários, os quais, passam a ser congelados (crioconservação), uma vez seleccionados os destinados à implantação.

Daqui, obtiveram-se assim, depósitos consideráveis de embriões crioconservados, sendo que alguns não oferecem condições de saúde que os tornem aptos para implantação. Mas não há que duvidar de que outros são tão viáveis e sãos quanto os implantados e existentes simplesmente por não terem sido necessários. Para minimizar este problema, de impacte humano, ético, social e jurídico muito elevado, tem-se recomendado que, na medida do possível, se evite a existência de embriões excedentários, seja pela restrição do número de óvulos fecundados, pelo recurso a técnicas que não obriguem à sua produção (p.ex. transferência intratubar de gâmetas) ou pela selecção prévia de gâmetas e microinjecção de espermatozóide (s) seleccionado (s). De qualquer modo, persiste o problema dos embriões já armazenados. A solução adequada seria implantá-los em ciclos ulteriores da mulher em que se realizou o primeiro tratamento ou disponibilizá-los para adopção intra-uterina. Tornou-se há muito evidente que tal solução é irrealizável, para além de nunca poder resolver o caso dos embriões de duvidosa saúde. Esgotadas todas as esperanças de poder a vir implantá-los (p.ex., ao fim de vários anos), aos embriões excedentários só resta dar-lhes dois destinos: deixá-los morrer, descongelando-os, ou aproveitá-los para a experimentação.

Contudo, não existe nenhuma legislação sobre a vida embrionária e sobre a reprodução medicamente assistida, mas há quem defenda que esta vai ser criada rapidamente, no sentido de proibir a produção de embriões excedentários para congelação, a experimentação em embriões humanos ou o recurso a bancos de esperma.

A minha opinião em relação a este tema é bastante simples, embora o tema seja muito controverso, e resume-se em três pontos. Em primeiro acho que os embriões não devem ser destruídos. Em segundo, e embora não seja eticamente correcto, mas porque a ciência tem que evoluir, uma parte dos embriões congelados deveriam ser utilizados para investigação (cura de doenças, novas técnicas de RMA, etc…). Em terceiro, e para acabar, acho que os restantes embriões deveriam ser doados a casais com problemas de infertilidade, e sem possibilidades de recorrer a tratamentos de RMA. Apesar dos embriões não serem do casal, o bebé desenvolver-se-ia dentro da mulher do casal e cresceria desde bebé no seio de uma família. Podemos igualar este último ponto a uma adopção, a diferença é que em vez de uma criança, ainda vem um embrião, e os pais podem experimentar todas as fases de uma gravidez, desenvolvimento e crescimento de uma criança.

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